quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Agora

E agora, somente agora, escorrem palavra pelos olhos meus, modificando transparentemente meu expressar. Todas as memórias me atravessam por inteiro, deixando-me aos pedaços. A cada uma, é uma migalha minha que cai e some nesse infinito incômodo, nesse vazio e etéreo ilusório de que lembranças são abraçáveis. Como isso despedaça a racionalidade e esvazia qualquer alegria. Como transforma o diamante em pedra maciça, rugosa, áspera, intragável. Ao cair na água se afoga e não acorda mais. Que vontade de ter o agora para sempre.

Um comentário:

Giordana disse...

Amiga tão lindos seus textos, já disse, são sensíveis e inteligentes. Estava com saudade daqui, nunca mais viajei por seus pensamentos... Eis-e aqui de volta. Abração!