Aquela inconstância me fez viva em carne, roída em osso pulverizado.
Saída dura, precisa e precoce dessa casca protetora me fez sã, porém seca, apodrecida por dentro.
Agora vil, perambulo fugindo de predadores e presas, me atirando ao desgosto e medo.
Em costas frágeis, descubro que carregar a vida é um trabalho árduo. Dos olhos verdes me encontro um mofo provindo de lágrima e escorre ao peito que se desfaz. Ali uma pequena lagarta sonha crisálida para renascer em asas, borboleta em coração.
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