sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Um tiro

Sobe um cheiro vermelho de ferro nas mãos. É só então que interrompe a fuga inerte ao medo. Respira firme, o pensamento transpira sob a noite. Antes tosse seco, para, enfim, mergulhar profundamente em um mar rubro e sufocar em sua própria poça.

Um comentário:

Unknown disse...

Muito triste, amiga. Mas quem sou eu para falar de tristeza? Não sei escrever algo alegre. Talvez seja eu que esteja me sufocando em poças de sangue, inalando o cheiro de ferro, num líquido morno e estranhamente reconfortante. Noites em que mergulhamos em pensamentos que escorrem de nossa testa como suor, também com o mesmo sabor salgado, mas talvez não seja suor apenas, mas, também, lágrimas. Abraço. Saudade de você, amiga.